Inverno. A culpa não era do MEKP
Muito já se falou sobre a diferente performance de peróxidos de MEK no inverno comparativamente às mesmas situações no verão. Na realidade o MEKP, assim como outros peróxidos, ele tem sua velocidade de decomposição (atividade) influenciada pela temperatura. Quanto mais alta, mais rapidamente ele se decompõe e mais devagar às baixas temperaturas. Mas há que se definir o que é alta ou baixa temperatura, e quantificar a redução de atividade em proporção à esta ou aquela temperatura. O ideal, mas impraticável, é que matérias primas, moldes e ambientes estivessem sempre na mesma temperatura e umidade relativa do ar (para moldagem aberta). A decomposição do MEKP inicia-se pela reação dá água oxigenada com o acelerador (cobalto). É essa reação que fornece calor para que os demais componentes reativos do MEKP iniciem a reação de polimerização. Se a resina estiver com temperatura muito baixa, o calor gerado será absorvido para esquentar a resina, atrasando o início da reação. A temperatura ideal de trabalho situa-se entre 15 e 25ºC e em variações de 5 em 5º as diferenças tornam-se bem perceptíveis. O aumento da quantidade de MEKP não é aconselhável, mas o reforço na aceleração é prática comum e não o único meio. A escolha de resina com maior reatividade é a mais influente de todas as soluções, além da temperatura obviamente. Veja que o gel-time da resina é medido a uma determinada temperatura padronizada, 25ºC. Todavia o gel-time pode ser medido à temperatura que você determinar de acordo com a tua região, isto te dará uma visão mais aproximada da tua realidade de fábrica. Ou ainda pode-se extrapolar que determinado gel time a 25ºC deverá estar mais longo se a tua temperatura for menor que 25ºC, e mais curto se acima.
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